Embolização de Varizes Pélvicas

A persistência de dor pélvica crônica, mesmo sem causa definida, após seis meses de duração passa a ser considerada doença e necessita ser tratada. Quando existe a possibilidade de obter um diagnóstico específico, o tratamento é específico para o problema observado. Caso contrário, o cuidado deve ser direcionado para o controle da dor.

O tratamento clínico inclui a utilização de vários fármacos como analgésicos de primeira linha, opiáceos, miorrelaxantes, fisioterapia, elastocompressão e medidas posturais. O uso de medicamentos hormonais orais também é prescrito a fim de inibir a ovulação e diminuir a vascularização dos órgãos da pelve, reduzindo os sintomas. Mas nem sempre é suficiente.

Nos casos refratários, o tratamento invasivo está indicado. Com o avanço das técnicas endovasculares, o encaminhamento do paciente para o cirurgião vascular torna-se necessário para a escolha do método cirúrgico mais adequado.

Várias cirurgias são descritas para o tratamento da congestão venosa. O tratamento clássico consiste na ligadura cirúrgica por acesso retroperitoneal das veias gonadais e/ou ilíacas internas, ou mesmo a ligadura laparoscópica, com melhora dos sintomas abdominais.

O desenvolvimento da cirurgia endovascular permitiu atingir locais comprometidos através de cateteres introduzidos pela punção de uma veia em virilha. A embolização das tributárias varicosas e dos troncos venosos utilizando molas, cola biológica ou medicamento esclerosante demonstra resultados muito satisfatórios e comparáveis à ligadura cirúrgica no controle clínico da síndrome de congestão venosa pélvica. O maior benefício está na menor morbidade e tempo de internação.